Plantação de soja: teor de proteína é diferencial competitivo

plantação soja

Com a crescente demanda de soja no mercado nacional e mundial, a produção de soja está crescendo de maneira acelerada. E as previsões futuras são ainda melhores: segundo a Embrapa, a demanda pelo grão deve dobrar até 2050. Nesse cenário otimista, a plantação de soja pode ser uma excelente opção de cultivo para produtores de todo o Brasil que desejam garantir uma boa rentabilidade.

A soja já é a cultura mais cultivada em todo o território nacional e o Brasil é o maior produtor mundial do grão. Para alcançar ainda mais destaque, priorizar o alto teor de proteína é um passo essencial que deve ser observado por produtores que desejam apostar na plantação de soja.

Apesar da alta produção pelo grão, os agricultores brasileiros ainda encontram desafios no agronegócio que podem refletir em grandes prejuízos financeiros. Para evitar que isso aconteça, continue a leitura e saiba como se destacar no cenário nacional e internacional. 

A qualidade da soja no Brasil

Se comparado aos Estados Unidos, a qualidade da soja brasileira possui uma leve vantagem em relação ao teor médio de proteína. De acordo com dados da Embrapa, entre as safras de 2014 a 2017, a quantidade de proteína da soja produzida no Brasil foi aproximadamente 2% superior aos grãos produzidos nos Estados Unidos.

Por outro lado, o Brasil ainda produz uma quantidade significativa de grãos defeituosos que não são aproveitados após a colheita. No mesmo período de safras citados acima, grande parcela da soja colhida excedeu a tolerância de 8% de grãos defeituosos estabelecida por lei. Os prejuízos anuais chegaram na casa de R$1 bilhão.

Esses dados mostram que existe espaço para melhorar a qualidade da soja brasileira. E buscar a melhoria contínua pelo grão pode refletir em maior lucratividade final aos produtores. Para se ter uma ideia, sementes de alta qualidade rendem ganhos em produtividade que chegam a variar de 10 a 15%.

Mas é preciso ficar atento ao anseio de atingir uma alta produtividade, uma  vez que existe relação com o teor de proteína: quanto mais soja se produz por hectare, menor o teor de proteínas que estará presente no grão.

Teor de proteína como diferencial competitivo

Mesmo que haja uma ampla demanda mundial pelo grão, a plantação de soja também representa maior competitividade no mercado interno. Com tantos produtores optando por cultivar esta cultura, é preciso encontrar um diferencial que faça com que seus grãos sejam mais atrativos no momento da venda.

O teor de proteínas, por exemplo, é um grande diferencial para os produtores que desejam se destacar com o cultivo da soja. Esse fator está diretamente ligado às necessidades da indústria: quanto maior o teor de proteínas nos grãos utilizados como matéria-prima para produzir farelo animal, menores serão os processos utilizados pela indústria para se adequar aos padrões de qualidade.

O mercado internacional está cada vez mais exigente em relação ao teor de proteína da soja brasileira. Em 2017, a China – maior importadora de soja do mercado brasileiro – fez reclamações ao Ministério da Agricultura sobre o teor de proteína dos grãos, o que gerou um alerta para a necessidade de atingir o teor ideal de proteína da soja, que deve variar entre 37% a 43%.

Para evitar atritos com o mercado chinês, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) promoveu mudanças no contrato padrão de exportação, estabelecendo parâmetros de qualidade que não incluem uma porcentagem mínima de teor de proteína, mas permite aos exportadores definir padrões de qualidade em negociações diretas com seus clientes.

Por isso, produtores que querem fazer bons negócios com países importadores de soja, como a China, devem priorizar o teor de proteína presente após a colheita da soja. Afinal, esse é um grande diferencial competitivo no mercado! 

Plantação de soja: práticas para garantir alto teor de proteína

Confira algumas práticas agrícolas essenciais que podem ser adotadas para garantir que sua colheita de soja seja rica em proteína, proporcionando benefícios nutricionais e contribuindo para uma abordagem mais sustentável da agricultura.

Seleção de variedades adequadas

A escolha da variedade de soja é o ponto de partida. Opte por variedades conhecidas por terem alto teor de proteína. Pesquise e consulte especialistas agrícolas para escolher as melhores variedades adaptadas à sua região e condições de cultivo.

Preparo do solo e nutrição equilibrada

Um solo saudável é crucial para o desenvolvimento da plantação de soja. Realize análises de solo e aplique os nutrientes necessários para atender às necessidades das plantas, com destaque para nitrogênio, fósforo, potássio e enxofre. Uma nutrição equilibrada e bem planejada resulta em plantas saudáveis, capazes de realizar a fotossíntese eficientemente e produzir proteínas em quantidade e qualidade adequadas.

Manejo da água

A fotossíntese é a base para a formação de proteínas nas plantas, e o manejo adequado da água é crucial para otimizar esse processo. Um fornecimento de água equilibrado ajuda as plantas de soja a manter um metabolismo saudável e a acumular os nutrientes necessários para a síntese de proteínas.

Proteção contra pragas 

Pragas podem se alimentar diretamente das plantas de soja, resultando na degradação de tecidos vegetais e na redução da eficiência fotossintética. Isso pode afetar a produção de aminoácidos essenciais para a síntese de proteínas, diminuindo o teor de proteína nas plantas.  Por isso, implemente estratégias de manejo integrado de pragas para proteger suas plantas de soja, como monitoramento regular, práticas de controle biológico e aplicação criteriosa de pesticidas quando necessário.

Colheita no momento ideal

A colheita da soja deve ser realizada no momento adequado de maturação. Colher cedo demais pode resultar em grãos imaturos com menor teor de proteína, enquanto colher tarde demais pode afetar negativamente a qualidade das proteínas, já que os nutrientes estão sendo direcionados para o amadurecimento dos grãos.

Armazenamento adequado

Após a colheita, armazene a soja em condições adequadas para evitar perdas de qualidade. O armazenamento inadequado pode levar à deterioração da qualidade da soja e à perda de nutrientes, incluindo proteínas. Um ambiente úmido ou quente pode favorecer a proliferação de microrganismos que degradam os componentes nutricionais, diminuindo o valor da proteína. Armazéns bem ventilados e secos são essenciais para manter o teor de proteína.

A importância de investir em novas tecnologias

A baixa qualidade de insumos e a falta de procura por novas tecnologias ainda são grandes desafios que precisam ser superados para melhorar a qualidade da soja brasileira. Vencer essas barreiras significa garantir um aumento no teor de proteína do grão e, consequentemente, maior lucratividade.

Um dos principais pontos a serem observados na plantação de soja é a quantidade de nitrogênio disponível para a planta. O nitrogênio é um elemento essencial para a soja, sendo acumulado durante seu ciclo de desenvolvimento e utilizado durante o período de enchimento de grãos. Assim, com as taxas de nitrogênio adequadas, é possível agregar maior teor de proteínas.

Além disso, a plantação de soja demanda um bom equilíbrio nutricional entre o potássio, magnésio e o nitrogênio para permitir o enchimento dos grãos. Nesse sentido, investir em tecnologias inovadoras é um caminho para aumentar a qualidade da soja e garantir um alto teor de proteínas do grão.

Além destes, o alto teor de proteína demanda bons teores de enxofre no solo, este de fundamental importância na formação de proteína. Outro fator a ser observado é em relação ao nitrogênio, como comentado acima, exerce papel fundamental na formação de proteína e está diretamente ligado à inoculação, sendo esta prejudicada pela baixa fertilidade do solo.

 

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